domingo, 9 de novembro de 2008

O fracasso de Luxemburgo

A derrota deste domingo para o Grêmio, por 1 a 0, praticamente acabou com as chances do Palmeiras ser campeão brasileiro. Pela expectativa criada em cima do time, a perda do título pode ser considerada um fracasso. É claro que a responsabilidade não é apenas do técnico Vanderlei Luxemburgo. Mas sejamos justos: se no sucesso o "professor" quer que todos os elogios sejam depositados na sua conta, vamos dar-lhe o mesmo tratamento quando a sua equipe naufraga. Então, o fracasso do Palmeiras é, também, o fracasso de Luxemburgo.

Após o título paulista desse ano, Luxemburgo saiu como protagonista. Além dos justos elogios à ele, os elogios aos principais jogadores na conquista eram, também, elogios indiretos ao treinador. Exagero? Não. É só lembrar quais foram os jogadores que tiveram maior reconhecimento após o estadual: Marcos, Valdivia e Léo Lima, e lembar o que a imprensa falava deles. Marcos era a grande aposta de sucesso de Luxemburgo; Léo Lima havia recuperado seu bom futebol após passar a jogar como volante; e Valdivia, tido como o grande craque da conquista, estava mais objetivo nas mãos do treinador.

O relacionamento de Luxemburgo com esses três jogadores após o Campeonato Paulista é sintomatico. Enquanto o sucesso deles era o sucesso do treinador, estava tudo bem. Mas quando eles passaram a ter "vida própria", Luxemburgo tentou encontrar outras formas de ser, novamente, o protagonista, fazendo novas apostas para tentar ganhar o Brasileirão. Exagero? Não. É só lembrar de algumas coisas que ocorreram durante o campeonato. Léo Lima ficou de fora do início da campanha por causa de uma contusão. Quando voltou, fez algumas partidas ruins e, de repente, era reserva do time, perdendo espaço até para Jumar. Luxemburgo em nenhum momento se mostrou disposto a recuperar o jogador, a apostar nele. Ainda pior foi o "caso Valdivia". Luxemburgo talvez não tenha gostado de ver o chileno mais em evidência do que ele após o Paulistão. O fato é que antes da estréia no Brasileiro contra o Coritiba, o treinador chegou a dizer para a diretoria que não iria relacionar o meia para o jogo por razões disciplinares(leia-se balada). Não o fez. Mas nos dois meses seguintes sempre se mostrou favorável à venda de Valdivia, dizendo que ele era pouco comprometido e que não era confiável nos momentos decisivos. A idéia de Luxemburgo era simples: com a saída de Valdivia, Diego Souza jogaria mais adiantado e poderia render mais. Assim, em caso de título brasileiro, os elogios à Diego Souza seriam sempre acompanhados de elogios ao treinador, o que talvez não ocorresse com o "Mago" no time.

As críticas públicas feitas ao goleiro Marcos após as declarações dele na derrota para o Fluminense e depois do jogo com o Grêmio por ele ter subido ao ataque sem autorização, comprovam a estratégia de Luxemburgo de querer ser sempre o protagonista. Mas bater de frente com um dos maiores ídolos da torcida foi um erro. Ou melhor, foi mais um erro dentre os vários cometidos pelo treinador durante esse campeonato. Primeiro, o jogo de domingo mostrou que a montagem do elenco foi mal planejada. Afinal, o Palmeiras não tem ataque reserva. Prova disso foi que quando o time precisava de gols, Preá e Lenny entraram para tentar resolver. Outro erro foi a (não) reposição dos jogadores que saíram no meio do ano. Para suprir a venda do zagueiro Henrique chegaram Jeci e Gladstone. A prova de que foram escolhas equivocadas é que, na hora da decisão, Luxemburgo preferiu improvisar Martinez na zaga a escalar uma de suas "indicações". Já com a saída de Valdivia, a criatividade do meio-campo caiu assustadoramente. É ruim com Diego Souza, já que o meia é muito irregular, e é pior sem ele, como foi no domingo, quando coube a Evandro e, depois, a Maicossuel a função de armar o jogo. Falando nas contratações feitas para o Brasileirão, a única que deu certo foi a do volante Sandro Silva, que foi indicação do gerente de futebol Toninho Cecílio e não de Luxemburgo.

Para o treinador palmeirense, fica a frase: você pode até enganar muitas pessoas por algum tempo, algumas por muito tempo, mas não pode enganar todas o tempo todo.

6 comentários:

Daniel V. Cot disse...

Nem vou comentar seu Post absurdo.

Anônimo disse...

pq absurdo? no camp brasileiro luxemburgo fez apostas erradas e o jogo c/ o grêmio apenas evidenciou esses erros. foi basicamente isso q eu disse. e olha q eu nem entrei na questão de que o palmeiras está tomando gol de cruzamento na área desde o começo do ano quase todo jogo e o grande treinador não consegue corrigir isso...

Daniel V. Cot disse...

Primeiro andre, o palmeiras perdeu muitos jogos por falta de vontade e garra, com o "Mago" seria pior ainda.

Luxemburgo em alguns momentos errou sim, mas de qualquer forma o time estah no topo da tabela e ainda briga pelo campeonato, apesar de ter ficado mais dificil.

Atribuir somente ao tecnico tanto a vitoria quanto a derrota nao estah certo, ainda por cima quando o time nao o obedece, como eh no caso do Palmeiras.

Voces estao ha muitos anos sem ganhar o campeonato brasileiro, e ganhou o paulista deste ano quebrando um jejum enorme. Com certeza vao a libertadores do ano que vem. Nao eh um ano perido, nao eh um fracasso.

SE O PALMEIRAS NAO VENCER O CAMPEONATO, PODE TER CERTEZA QUE TEM 2 GRANDES CULPADOS

1 A MIDIA QUE DIZIA QUE ELE SERIA O CAMPEAO SEM NEM MESMO O CAMPEONATO TER COMECADO

2 A TORCIDA QUE ACHAVA O MESMO, E ESQUECE QUE TEM OUTROS TIMES


ps: a maior burrice da historia do futebol: esse jogo TINHA que ter sido no Morumbi.

Anônimo disse...

daniel, se a midia e a torcida são culpados(o que eu discordo) o culpado de verdade é o técnico que deixou que isso influenciasse o time. a mesma coisa vale p/ quando o time joga sem vontade, é papel do treinador não deixar isso acontecer.

Anônimo disse...

o andre tem razao, o luxemburgo tem uma grande responsabilidade em deixar que tudo influisse.Mas o Daniel tambem tem razao em um ponto - o jogo devia ser no Morumbi...

Anônimo disse...

e nao foi a maior burrice da historia do futebol, ha uma lista enorme de outras piores.ou o ano de 2007 do corinthians nao ensinou nada?