quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Isto é Ayrton Senna




Há 20 anos o Brasil comemorava o primeiro título mundial de Ayrton Senna. Poderiamos passar horas falando de suas virtudes, carisma e garra, contudo é melhor olharmos apenas para essa conquista, que, traduz todo o potencial daquele, a quem, gosto de chamar de o maior de todos na formula 1.


Naquela temporada de 1988, Senna havia chegado finalmente a uma equipe de ponta, após quatro anos em equipes modestas com bons resultados , ele chegou a Mclaren que conquistara títulos nos anos anteriores.


Porém, nem tudo eram rosas para o brasileiro, ele tinha em seu companheiro de escuderia seu principal rival Alain Prost, mesmo assim Senna fez uma excelente temporada com oito vitórias em dezesseis etapas disputadas contra sete de seu colega de equipe, ele ainda tinha o controle absoluto em números de pole treze ao total (sendo a décima terceira conquistada no GP do Japão).


No dia trinta de outubro Ayrton deu um show, após ter pedido a vantagem de ter largado na pole devido a um problema com a embreagem do carro, o brasileiro caiu para a décima sexta posição,no entanto uma volta depois Senna já estava seis posições a frente, em onze voltas ele já figurava na terceira posição. Depois disso foi questão de tempo se livrar do italiano Ivan Capelli e colar em Prost. Foi na vigésima volta com a ultrapassagem sobre o francês que o primeiro título de Senna começou a tomar forma, daí por diante foi administrar e receber a bandeirada


Espero que a história desse brilhante título conquistado pelo maior de todos sirva de incentivo para Felipe Massa nesse domingo.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Maradona se diz pronto para a nova carreira

A escolha de Maradona como técnico da seleção argentina foi uma surpresa, embora já fosse esperado que ele fizesse parte da nova comissão técnica. Mas em reunião na tarde desta terça-feira com Julio Grondona, presidente da AFA(Associação de Futebol Argentina), ficou definido que o ex-craque será mesmo o treinador principal. Pelo menos oficialmente. Afinal, na comissão técnica estará presente Carlos Bilardo, técnico campeão do mundo em 1986, que será uma espécie de coordenador-técnico. José Luis Brown, zagueiro que fazia parte da seleção campeã de 86 e que foi o auxiliar de Sérgio Batista nas Olimpíadas de Pequim, será o auxiliar de campo de Maradona. A comissão ainda deve ter o próprio Sérgio Batista, além de Pedro Troglio, treinador com experiência no Independiente.
De todos eles, o único que não é treinador é Maradona. O que deixa claro que a escolha foi uma "jogada para a torcida", que, de certa forma, lembra a contratação de Dunga pela CBF. O cenário é quase o mesmo: críticas de torcida e imprensa de que não há mais identificação por parte dos atletas com o país, alguns fracassos recentes e a escolha de um ídolo do passado como técnico para resgatar a chamada "mística" da seleção nacional. Longe de querer comparar, é claro, o que representa Maradona para os argentinos com o que representa Dunga no Brasil, mas os "hermanos" parecem estar cometendo o mesmo erro nosso. Ainda mais porque eles tinham Carlos Bianchi, de longe o nome mais indicado para assumir a seleção, dando sopa. Tudo bem que o ex-técnico do Boca está sem trabalhar há dois anos e está atuando como comentarista em uma TV mexicana. Apesar de estar afastado dos campos, por dizer que "não tem mais estômago para agüentar certas coisas que ocorrem no meio do futebol", Bianchi poderia voltar atrás para comandar a seleção de seu país pela primeira vez. Mas Grondona preferiu apostar em Maradona, e na comisão que está sendo montada.
Na sua primeira entrevista como treinador, Dieguito disse estar ciente da responsabilidade do cargo e falou mais: "ficou claro na conversa (com Grondona) que o time escalo eu. Vou escutar o Carlos (Bilardo) sobre tudo, não se pode descartar um homem que sabe tanto".
Na verdade, ninguém sabe direito qual será a função de cada um na renovada comissão técnica argentina(talvez nem eles próprios). A seleção tem cinco "técnicos" e, ao mesmo tempo, pode não ter nenhum. Era melhor ter só Carlos Bianchi.

Palpites

No desfecho dessa 32ª rodada do Brasileirão, os cinco primeiros colocados podem embolar mais ainda a disputa pelo título. Vamos analisar as partidas:
1)Botafogo x São Paulo: o Tricolor deve enfrentar dificuldades jogando no Engenhão. O time carioca vem de uma goleada por 3 a 0 sobre o Ipatinga e ainda sonha com uma vaga na Copa Libertadores, mas um empate não pode ser descartado.
Palpite: vitória do Botafogo
2)Vitória x Flamengo: Na última rodada, o Vitória quase aprontou para o São Paulo, jogando fora de casa. Nesse jogo, não deve dar moleza para o Rubro-Negro carioca, que está em boa fase.
Palpite: empate
3) Palmeiras x Goiás: Mesmo com as polêmicas envolvendo Marcos e Diego Souza, o Verdão é favorito para a partida, já que o Goiás está três jogos sem vencer.
Palpite: vitória do Palmeiras
4) Cruzeiro x Grêmio: Regular dentro de casa, o Grêmio terá muitas dificuldades jogando no Mineirão. Tentando se recuperar do tropeço do último fim de semana, a Raposa deve se manter na briga.
Palpite: vitória do Cruzeiro

Agora, a briga contra o rebaixamento:
1)Internacional x Náutico: o Colorado joga em casa, conta com um bom time e deve bater o Timbu, sem problemas.
Palpite: vitória do Internacional
2)Portuguesa x Ipatinga: a Lusa joga em casa e deve respirar um pouco contra o lanterna.
Palpite: vitória da Portuguesa
3)Vasco x Atlético-PR: o time carioca deve fazer a lição de casa, já que mostrou uma reação na última rodada.
Palpite: vitória do Vasco
4) Figueirense x Fluminense: apesar da partida no Orlando Scarpelli, o Fluminense vem se recuperando no Brasileirão e é o favorito.
Palpite: vitória do Fluminense

DESISTO!!!


Parece que nosso centro-avante Adriano não aprende mesmo, de verdade, DESISTO! Sempre acreditei que ele fosse a sucessão mais lógica para o Ronaldo, tem força física, boa técnica, excelente chute, enfim, um belíssimo atacante, que se não fosse sua mentalidade de moleque de 16 anos seria incontestavelmente titular da seleção brasileira.Ao voltar do jogo da seleção, Adriano teve 3 dias de folga, o suficiente para beber, ir para noitadas e conquistar quantas mulheres ele quisesse, mas não, teve que se apresentar atrasado para os treinos da Inter na Itália. Pensei: acontece, vai saber as circunstâncias, mas, este domingo voltou a acontecer, o bad boy foi pra balada, e se atrasou para o treino no dia seguinte. Como o técnico não é brasileiro, se irritou, e isso vai custar mais uma escalação ao atacante brasileiro, ele está na berlinda mais uma vez, e Jose Mourinho, daqui a pouco vai se cansar, assim como a partir de hoje eu me cansei dele. Não quer aprender? Não quer ser profissional? Azar dele, o que não falta no mundo são atacantes, e para a seleção brasileira, Luis Fabiano fará o trabalho muito bem, assim como Nilmar, Washington, Alex mineiro, Fred, tanto faz, o fato é: um jogador que pensa que é melhor que Pelé e que pode fazer o que bem entende, não vai a lugar nenhum e na mão de José Mourinho ele vai, vai exatamente pra onde todos vocês estão pensando.

É dificil, mas não impossivel


Com o GP do Brasil cada vez mais perto, os comentários e a pressão sobre quem ganhará o título cresce.Hamilton e Massa disputam o campeonato desde o inicio, e o piloto da McLaren sai em vantagem para a última corrida, possui 7 pontos a mais do que o brasileiro.

De um lado um piloto Inglês, arrojado, agressivo, sem medo de errar (relembrando que errou muito na temporada passada e perdeu o título para Raikkonen), do outro lado o piloto brasileiro, com a cabeça no lugar, agressivo nas horas certas e que sente a pressão por correr em casa.Massa afirma com certeza que é a corrida mais importante da vida dele, e por isso mesmo usa a mesma cueca da sorte em todas as corridas "Essa cueca aqui tem dez vitórias e 14 poles. Já está na hora de aposentar. Quem sabe se eu for campeão, dou um descanso para ela - disse.

Em várias entrevistas Felipe diz que a maior parte da pressão esta sobre Hamilton, que é só que ele chegar em primeiro e fazer sua parte.Tomara que Felipe esteja certo, pois o piloto inglês não trabalha muito bem sobre pressão.Para aumentar o peso nas costas de Hamilton é importante citar que a equipe Ferrari ganhou em Interlagos nas duas últimas temporadas, espero que ganhe a terceira com Massa e leve o público que estará torcendo para o brasileiro e secando o inglês a loucura na tarde de domingo.

domingo, 26 de outubro de 2008

Salvem o Corinthians!

O Corinthians, este final de semana conseguiu o tão sonhado acesso à série A do futebol Brasileiro, muito merecido com certeza, é fato que todos só estavam esperando acontecer, assim como o título o será daqui há pouco tempo.
Apesar da fiel estar em festa é preciso muito cuidado, muito mesmo. A série A, mesmo estando fraca, não vai ser a moleza que foi a série B para o coritnhians, os times são melhores, há clássicos, e os juizes não são tão condescendentes como os da segundona. É preciso que se estude muito bem os erros do ano passado, em hipótese alguma, pode-se pensar nesse time do Timão disputando uma primeira divisão. São imprecindiveis novas contratações, uma pequena reformulação no elenco, lógicamente sem contar na lista de dispensa, que será grande.
O Corinthians não merece voltar a jogar a série B, mas, para que isso não aconteça, tem-se que por a cabeça no lugar, não achar que este time é o melhor time do Corinthians de todos os tempos, precisa-se rever muito direitinho as contas, e fazer um planejamento legal para o próximo ano, terá tempo de sobra para isso, treinar, e fazer uma prétemporada muito mais pré que a dos outros times!
Parabéns ao time, mas......

Daniel V. Cot

sábado, 25 de outubro de 2008

O medo de perder tira a vontade de ganhar

Essa é uma das frases mais usadas por Vanderlei Luxemburgo ao longo de sua carreira. Mas parece que nesse sábado ele se esqueceu dela. Por isso, essa frase pode explicar a derrota do Palmeiras para o Fluminense, por 3 a 0, no Maracanã. Com os desfalques de Elder Granja, Léo Lima e Diego Souza, Luxemburgo recheou o time de volantes, quatro ao todo: Pierre, Martinez, Jumar e Sandro Silva, que atuou como lateral-direito. Apesar disso, o alviverde não conseguiu executar uma marcação eficiente no meio-campo, onde perdeu a maioria das disputas de bola, e não conseguiu, também, levar perigo nos contra-ataques. Isso porque a equipe jogou pouco pelos lados do campo, porque Evandro como único meia é sinônimo de falta de criatvidade, e porque Kléber, único jogador capaz de decidir o jogo, não estava num grande dia. Para completar, a defesa voltou a apresentar as falhas de sempre, principalmente nas bolas paradas, por onde saiu o primeiro gol, marcado por Carlinhos. O Fluminense precisou jogar apenas nos primeiros 45 minutos para garantir a trnqüila vitória, que tirou o time da zona do rebaixamento. Na etapa final, o tricolor tirou o pé do acelerador. Mesmo assim, o goleiro Fernando Henrique teve pouco trabalho.
O Palmeiras do segundo turno, sem o chileno Valdivia, é um time com muito menos criatividade, mas com mais consistência defensiva. Hoje, porém, não teve nenhuma das duas coisas. Se ainda quiser o título, a equipe precisará, nessas últimas sete rodadas, da regularidade que ainda não teve no campeonato. Essa é a hora de Vanderlei Luxemburgo justificar o rótulo de "o melhor treinador do Brasil".
A falta de ousadia também foi o pecado do Cruzeiro, na partida contra o Atlético/PR, na Arena da Baixada. O técnico Adílson Batista até montou um time interessante, com duas linhas de quatro. Ele armou um meio-campo com Marquinhos Paraná, Henrique, Ramires e Fernandinho, pronto para recuperar a bola e sair com velocidade. Mas após a expulsão do zagueiro Thiago Heleno, ainda no primeiro tempo, o Cruzeiro passou a achar o empate um bom resultado e a jogar por ele. Perdeu: 1 a 0, gol de Rafael Moura. Só depois do gol que Adílson resolveu arriscar e botar o time no ataque, obrigando Gallato a fazer boas defesas.
Quarta-feira, o Cruzeiro tem um jogo decisivo para ele e, também, para o campeonato: enfrenta o Grêmio, no Mineirão. Se o time mineiro vencer e Palmeiras, São Paulo e Flamengo também conseguirem a vitória, a disputa ficará mais embolada do que nunca. Após a próxima rodada a classificação poderá ficar assim:
1°- Grêmio, 59 pontos
2°- São Paulo, 59
3°- Cruzeiro, 58
4°- Flamengo, 58
5°- Palmeiras, 58

E tem gente que acha que seria melhor se o campeonato fosse disputado no mata-mata...

André Dayan

Eu voltei, agora é para ficar!


Chegou ao fim o calvário corintiano pela série B, ums dos times brasileiros que mais representa a massa está de volta ao seu lugar, do qual nunca deveria ter saído. No entanto a passagem do Corinthians pela série B foi bem menos traumática do que todos esperavam, foi menos corintiana do que a grande maioria aguardava. O Corinthians até aqui em 32 jogos obteve 20 vitórias, 10 empates e somente 2 derrotas, marcando 67 gols e levando apenas 22. O Timão teve seu objetivo alcançado trinta e cinco dias antes do final do campeonato, tendo ainda seis rodadas a disputar. Foi uma campanha sem sustos, sem altos e baixos, grande parte disso devido ao elenco de bom nível que o a equipe de Parque São Jorge formou.
Hoje no Pacaembu a fiel torcida marcou presença e empurrou o time, que, sem dificuldades bateu o Ceará pelo placar de 2 a 0. Logo aos oito minutos, Herrera em jogada individual chutou no poste do goleiro Adílson, no rebote Douglas arrematou para o fundo da rede. O Corinthians seguiu administrando o jogo sem correr riscos até que aos quatro minutos da etapa complementar, após a cobrança de falta de Christian que fez com que o goleiro do Ceará espalmasse para a área e Chicão apareceu livre e ampliou o placar.
Com o resultado assegurado no Pacambu e a derrota do Grêmio Barueri para o Paraná o Corinthians confirmou a sua vaga na série A de 2009.

Números do Corinthians na série B:
32 Jogos
20 vitórias
10 empates
2 derrotas
67 gols pró
22 gols contra
73% de aproveitamento

João Vidal

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Disputa acirrada no Brasileirão

Após um primeiro turno cheio de críticas, o São Paulo definitivamente chegou à disputa pelo inédito tricampeonato brasileiro. Há algumas rodadas, o time do Morumbi estava apenas 11 pontos atrás do líder Grêmio. Agora, o Tricolor está apenas três pontos atrás da equipe gaúcha.
Com isso, no início da 31ª rodada da competição, o Tricolor não fez uma grande partida, mas jogou o suficiente para bater o Vitória por 2 a 1, no Estádio do Morumbi. Assim, momentaneamente, o time paulista assumiu a vice-liderança do Brasileirão. O único azar do time de Muricy Ramalho, é que o Grêmio venceu o Sport no Olímpico, com um gol solitário de Reinaldo logo a um minuto de partida. No próximo sábado, dois concorrentes do Tricolor à conquista do título têm partidas complicadas. O Palmeiras enfrenta o Fluminense no Maracanã, e a equipe carioca necessita dos três pontos para sair da zona do rebaixamento. Já o Cruzeiro, enfrenta o Atlético Paranaense na Arena da Baixada, e o Rubro-Negro tem a mesma necessidade que o Tricolor carioca. Por isso, até o fim dessa rodada, as posições podem ser trocadas. Outro time que não pode ser descartado da briga é o Flamengo, que goleou o Coritiba nesta noite, por 5 a 0 e está no páreo.
Por outro lado, a disputa para não cair para a Série B está também muito acirrada. Na última quarta-feira, o Vasco teve incrível reação com a vitória por 4 a 2 sobre o Goiás, no Serra Dourada, mas ainda tem boas chances de ser rebaixado. Já o Fluminense, com 4 pontos nas últimas duas partidas, ambas fora de casa, parece que vai se salvar. O mesmo não se pode dizer do Ipatinga, do Atlético Paranaense, e do Náutico, que se não abrir o olho será rebaixado. Com três pontos à frente do R4, o Figueirense corre sério risco se não vencer pelo menos seus jogos dentro do Orlando Scarpelli.

João Melo Neto

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

O melhor jogo do campeonato

É tão raro nos últimos tempos um jogo corresponder às expectativas que, quando isso acontece, é visto como algo extraordinário. Pois o empate entre Palmeiras e São Paulo foi mesmo extraordinário. Não foi só o melhor jogo deste Campeonato Brasileiro como, também, um dos melhores da história recente do clássico.
O Palmeiras jogou melhor. O São Paulo, com mais inteligência. O erro alviverde foi tentar o "nocaute no primeiro round", partindo com tudo para o ataque desde o início. Acabou tomando o contra-golpe e, logo aos três minutos de partida, viu Jean ficar no "mano a mano" com Léo Lima dentro da área e sofrer penâlti. O lance evidenciou o erro do técnico Vanderlei Luxemburgo de não escalar Pierre ao invés de Maurício. Com isso, não tinha ninguém para proteger a lenta zaga palmeirense, papel que vinha sendo desempenhado nos últimos jogos por Martinez. Rogério Ceni abriu o placar e, antes da saída de bola, Diego Souza e Borges foram explulsos, num exagero do árbitro Sálvio Spínola. Luxemburgo, então, sacou Maurício e colocou o meia Evandro. A partir daí, mais do que nunca, o Palmeiras partiu com tudo para o ataque e o São Paulo se retrancou ainda mais e apostou nos contra-ataques. Um gol poderia sair a qualquer momento. O de empate só não saiu por causa de Rogério Ceni, que fez três boas defesas, e da sorte do goleiro tricolor, que viu uma cabeçada de Alex Mineiro bater no travessão e na linha do gol. O gol são-paulino também poderia sair a qualquer momento, em um dos contra-ataques que os atacantes ficavam no "mano a mano" contra os lentos Gustavo e Roque Jr.. Acabou saindo o gol do São Paulo, em um belo chute de Dagoberto, aos 45 minutos do primeiro tempo. O 2 a 0 não era justo, mas isso também faz parte de um grande jogo. Marcos, como sempre enxergando bem a partida, reclamou que o time começou o jogo como se fosse o fim dos tempos.
No segundo tempo, Luxemburgo corrigiu um erro e colocou Pierre no lugar de Léo Lima. Com cinco minutos, o técnico gastou a última substituição, ao botar Denílson no lugar de Sandro Silva e mandar o time de vez ao ataque. Os primeiros 30 minutos foram do Palmeiras tentando furar a retranca adversária, sem sucesso. Apesar de ter a posse de bola, o alviverde não tinha ninguém para armar o jogo, coisa que nem Evandro e muito menos Denílson fazem com qualidade. A tática, então, passou a ser mandar a bola para Kléber "se virar". Em uma dessas, o atacante, que estava em tarde inspirada, chutou forte de esquerda, Rogério espalmou e a bola foi para Denílson, que finalmente havia saído do meio e ido para a ponta-direita, dominar, driblar André Dias, ir à linha de fundo e cruzar para Kléber, de carrinho, diminuir para o Palmeiras e incendiar o jogo. Dois minutos depois, a sorte mudou de lado. Em falta na ponta-esquerda, Leandro tentou cruzar, mas Dagoberto desviou e fez a bola entrar no canto direito de Rogério. Nos últimos dez minutos, Hernanes ainda perdeu uma chance clara de gol e Roque Jr. foi expulso.
O empate, mesmo não sendo bom para ninguém, foi justo. Porque em um jogo como esses ninguém merecia perder. Mas o São Paulo perdeu a chance de conquistar uma vitória que seria um marco, em um ano que o time não empolgou a sua torcida em nenhum momento, para partir rumo ao tri. O Palmeiras perdeu a segunda colocação e, também, a chance de assumir a liderança devido à derrota do Grêmio. Pelo menos os dois diminuíram a diferença para o time gaúcho, numa tarde em que ambos apresentaram futebol de time campeão. Coisa que o líder Grêmio ainda não fez nesse campeonato.

André Dayan

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

O STJD abusou

O glorioso Superior Tribunal de Justiça Desportiva(STJD) se supera a cada dia. Provavelmente durante uma tarde de tédio lá no tribunal, algum engravatado de plantão teve uma idéia: resolveu pegar a fita do jogo Grêmio e Botafogo, reuniu todos os membros da entidade em frente à TV e falou: "vamos levar à julgamento tudo o que aconteceu nesse jogo, do pontapé do zagueiro ao atacante que chingou a mãe do adversário!". Ontem saiu o resultado da "sessão comédia" realizada no tribunal: cinco jogadores foram punidos. Léo, do Grêmio, e Jorge Henrique, do Botafogo, levaram 120 dias de gancho por terem trocado agressões. Os dois, aliás, foram os únicos expulsos na partida. Essa foi a única punição aceitável. Já as demais beiraram o ridículo: Carlos Alberto, do Botafogo, foi suspenso por oito jogos porque passou a mão na bunda do zagueiro Réver, que tomou três jogos por responder ao gesto "carinhoso" com ofensas e por ter encarado o botafoguense. O outro punido foi o atacante Morales, do Grêmio, que ficará fora por oito partidas por causa de uma falta violenta, que foi punida pelo árbitro do jogo apenas com cartão amarelo.
Mais uma vez eu digo: só devem ir à julgamento jogadas violentas que tenham ocorrido fora do campo de visão do trio de arbitragem e eventuais expulsões que mereçam uma punição maior do que um jogo. E suspender por oito jogos um atleta que dentro de campo levou apenas cartão amarelo é, no mínimo, assinar o atestado de incompetência do árbitro. O pior de tudo é que todas essas punições serão julgadas novamente pelo tribunal pleno do STJD, que consegue transformar 120 dias de suspensão em cestas básicas e multa com a maior facilidade. Ou seja: o árbitro é desmoralizado pelo tribunal, que, por sua vez, é desmoralizado pelo pleno.
Tudo isso iria ser mais simples e com muito menos burocracia se, em vez do tribunal e suas decisões pra lá de contestáveis, houvesse uma "lista" de punições sumárias. Por exemplo: uma agressão ao adversário será sempre punida com cinco jogos de suspensão; uma cusparada com três; o jogador que for expulso pela segunda vez no campeonato ficará de fora por dois jogos, ao invés de um. E por aí vai...
Seria uma coisa tão simples que chega a se duvidar que um dia ela entre em vigor. Afinal, não ia mais precisar de promotor, advogado, juiz e sei lá mais o que. Aí onde os "competentes" engravatados do STJD iriam arrumar emprego?

André Dayan

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Passaporte carimbado

No Campeonato Brasileiro de 1993, Palmeiras e São Paulo fizeram dois grandes jogos pelo quadrangular semifinal da competição. Bem, na verdade o primeiro não foi tão bom assim, mas eu lembro bem por ter sido o meu primeiro clássico no estádio. Era um domingo. Na hora do almoço eu já não agüentava de tanta ansiedade. Mas meu pai, apressado, dizia: "vamos logo que naquele estádio tudo é complicado: Longe, não tem onde parar o carro, é difícil pra comprar ingresso, entrar e tem um monte de lugar onde não dá pra ver o jogo!". Chegando lá, todas as dificuldades se confirmaram, mas, enfim, conseguimos entrar e ficar no anel inferior do Morumbi. Do alto dos meus quatro anos de idade, eu pensava: "pra que fazer um estádio desse tamanho que é tão ruim para ver o jogo?". Me dei conta de que a partida tinha começado quando vi todos de pé; olho para o campo e vejo Edílson, na cara do gol, chutar na saída de Zetti: Palmeiras 1 a 0. Eu fiquei surpreso, porque nem em jogos contra uns times que eu nunca tinha ouvido falar o Palmeiras tinha feito um gol tão rápido. Mas, menos de cinco minutos depois, o São Paulo empata, com Leonardo. As emoções pararam por aí. Ou melhor, ficaram guardadas para o segundo jogo.
Esse sim era decisivo: quem ganhasse iria para a final; se empatasse, bastaria ao Palmeiras vencer o Remo, em casa, na última rodada, para ficar com a vaga. Dessa vez o jogo foi num sábado, já que o São Paulo viajaria naquela noite para o Japão, para enfrentar o Milan, na final do Mundial. O primeiro tempo foi tenso e o principal lance foi um gol de Palhinha, corretamente anulado pelo juiz Dionísio Roberto Domingos. Aos 23 minutos da segunda etapa, a situação começou a se resolver: César Sampaio deu um passe açucarado e Edmundo chutou cruzado para abrir o placar para o Palmeiras. No fim do jogo o São Paulo, com um jogador a menos(Palhinha havia sido expulso), tentava pressionar. Até que César Sampaio roubou a bola de Leonardo ainda no campo de defesa, carregou até a entrada da área, deu um drible desconsertante em Luis Carlos Goiano, invadiu a área, passou por Zetti e chutou para marcar um golaço.
Fim de jogo: Palmeiras 2 a 0. O São Paulo foi para Tóquio com a cabeça inchada pela eliminação. Na final contra o Milan, venceu por 3 a 2 e se sagrou bicampeão do mundo. Mas Zetti deve sonhar até hoje com o César Sampaio.

André Dayan

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Histórias do clássico

No próximo domingo, Palmeiras e São Paulo se enfrentam em um jogo decisivo na busca pelo título brasileiro, coisa que não ocorria a muito tempo(nos últimos anos mais por culpa do time do Parque Antártica). Mas já houveram muitos clássicos marcantes entre as duas equipes no campeonato nacional. Nessa semana, lembraremos de alguns deles aqui.
Para começar, vamos voltar ao ano de 1973. O Palmeiras, do divino Ademir da Guia, era o atual campeão brasileiro e estava invicto após 22 jogos na competição. Apesar de contar com muitos craques do meio para frente, o que fazia aquele time ser quase imbatível era a solidez da defesa, liderada pelo zagueiro Luís Pereira e pelo goleiro Leão, ambos em grande fase. Prova disso é que o alviverde só havia levado cinco gols naqueles 22 jogos. A partida seguinte era contra o São Paulo, do meia uruguaio Pedro Rocha e que tinha no atacante Mirandinha a sua maior esperança de gols.
Tudo indicava que o Palmeiras venceria o clássico. Para a maioria, eram remotas as chances do tricolor conseguir marcar um gol na quase intransponível retaguarda alviverde. Um dos que achavam isso era o jornalista Geraldo Bretas, que, durante a semana que antecedeu o jogo, prometeu ficar careca caso Mirandinha marcasse um gol em Leão. Resultado do jogo: São Paulo 2 x 1 Palmeiras, com dois gols de Mirandinha, para o espanto das 63.411 pessoas presentes no Morumbi naquele 25 de novembro de 73. Promessa feita, promessa cumprida: Geraldo Bretas teve o cabelo cortado no ar, durante o programa "Comendo a bola", da antiga TV Tupi.
Palmeiras e São Paulo voltaram a se enfrentar no jogo que valia o título daquele Brasileirão. Era a última rodada do quadrangular final do campeonato, que tabém contou com Cruzeiro e Inter. Um ponto a frente do rival, o Palmeiras jogava pelo empate para sair campeão. O time do técnico Oswaldo Brandão já estava acostumado com aquela situação, já que no ano anterior havia sido campeão Paulista e Brasileiro com dois empates por 0 a 0, contra São Paulo e Botafogo. E mais uma vez a experiência do alviverde falou mais alto: o jogo terminou 0 a 0 e a taça continuou no Palestra Itália. Dessa vez, Mirandinha não conseguiu marcar diante de Leão. Afinal, quando o jogo valia título, a defesa daquele time do Palmeiras era, realmente, intransponível. Isso todo mundo estava careca de saber.

André Dayan

domingo, 12 de outubro de 2008

Com goleada, Brasil encerra o seu pior primeiro turno nas Eliminatórias

Como tem sido rotina nessas Eliminatórias, a vitória da seleção brasileira sobre a Venezuela, por 4 a 0, serviu para dar um pouco de tranquilidade ao técnico Dunga no cargo, pelo menos até que o próximo tropeço volte a colocar em xeque o trabalho dele. Mas a goleada desse domingo em San Cristobal serviu, também, para mostrar algumas coisas sobre a seleção. A primeira delas é que Kaká, mais até do que Ronaldinho Gaúcho, é indispensável ao time. O jogador do Milan marcou um belo gol, deu um grande lançamento que iniciou a jogada do terceiro gol, marcado por Adriano, e foi o cérebro do time. Mas Kaká, com certeza, teve muito mais espaço para jogar do que imaginava. Isso porque a Venezuela repetiu o mesmo erro do Chile quando enfrentou o Brasil no mês passado: querer jogar de igual pra igual e dar espaço para o adversário jogar em velocidade quando recuperava a bola. E aí entra a segunda constatação tirada desse jogo: a de que o Brasil só joga bem quando tem o contra-ataque a sua disposição. É só lembrar que os grandes momentos da equipe sob o comando de Dunga (que não foram muitos) ocorreram com o time atuando dessa forma: as duas vitórias por 3 a 0 sobre a Argentina (naquele amistoso em 2006 e na final da Copa América), os 3 a 0 sobre o Chile e essa vitória contra a Venezuela. Mas a seleção tem sérias dificuldades quando precisa jogar com a posse de bola, contra um adversário plantado na defesa, como foi contra a Bolívia e como provavelmente será contra a Colômbia, que tem muito mais qualidade do que a equipe boliviana.
Com 16 pontos, o Brasil termina o primeiro turno em segundo lugar. Pode até ser bom, mas é a pior campanha da seleção desde que as eliminatórias são disputadas nesse sistema. Em 2006 a equipe treinada por Parreira terminou o turno na liderança, com 19 pontos. Até a campanha classificatória para a Copa de 2002, que ficou marcada pela dificuldade que o Brasil teve para garantir a vaga, estava melhor nessa altura da competição: a seleção ocupava a mesma vice-liderança de hoje, mas com 17 pontos. Mas é bom lembrar que, ao final da disputa, a vaga foi garantida com 30 pontos.
Isso mostra que, mesmo com todos os defeitos da equipe de Dunga, a seleção não deve sofrer tanto para se classificar para a Copa do Mundo. Mas ainda está muito difícil imaginar esse time ganhando o hexa.

André Dayan

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Fica Rubinho

Rubens Barrichello, esse é o nome do detentor do maior número de provas disputadas no majestoso palco da Fórmula um, superando o recorde de Ricardo Patrese. Esse é também o nome do piloto que teve a oportunidade de correr na famosa e tão sonhada equipe Ferrari (primeiro brasileiro a correr pela escuderia), ao lado de um dos maiores pilotos do mundo, o alemão Michael Schumacher, Schumi para os íntimos.
Depois de passar por equipes como, BAR, Stewart, Jordan, e a própria Ferrari, Rubens foi parar na equipe Honda que a cada ano prometia um carro melhor e mais competitivo, o que não acontecia e que até hoje não acontece na prática.
Com a reta final do mundial de velocidade o mercado de pilotos literalmente ferve nos bastidores e nos noticiários, e isso não exclui o nosso vice-campeão mundial. Nos seus bem vividos e “corridos” 36 anos de idade ele cogita a possibilidade de se aposentar em 2009 se a Honda não lhe oferecer uma renovação de contrato. Por enquanto a equipe não se pronunciou, mas Rubens sabe que a equipe já teve conversas com Bruno Senna, vice-campeão da Gp2.
Ainda é indefinida sua situação, mas sem dúvida ele merece um lugar em qualquer equipe que seja, pois sendo um piloto experiente e tendo um carro bem ajustado, ele com certeza terá uma chance de brigar pelo menos para permanecer no maior espetáculo de velocidade do mundo.


Rodrigo Miguel

E Marx tinha razão!

Karl Marx foi um dos primeiros pensadores a entender a modernidade sobretudo o mundo pós revolução burguesa, mas não pára por ai, o reverenciadissimo por todos historiadores, sociólogos, comunicadores ou qualquer um, que, já tenha se atrevido a ler um pouco de sua obra, parecia também ter outra aptidão, analisava bem o futebol, se não, uma de suas máximas se aplica a situação de dois clubes no futebol brasileiro, seria aquela: " Os fatos históricos acontecem duas vezes, a primeira como tragédia e a segunda como farsa". Logicamente quando disse isso em seu livro "18 de Brumário",a despeito do bonapartismo, o alemão não se referia ao futebol, mas essa frase se encaixa muito bem em relação a dois tetracampeões brasileiros, alvinegros também: Corinthians e Vasco.
O ano passado imerso em crises financeiras e a uma ditadura, que, já levava 13 anos o Corinthians apresentava um futebol rídiculo, e um elenco que pode ser classificado como o pior de seus 98 anos de história. Foi quando Dualib deixou o cargo, e com o novo presidente, esperanças de um futuro melhor vieram. Não foi o que aconteceu e o Corinthians caiu para série B do campeonato brasileiro.
Esse ano imerso em crises finaceiras e uma ditadura, o Vasco vem apresentando um futebol rídiculo, talvez tenha o pior time de seus 110 anos de existência. Mas com o novo presidente esperanças novas surgem, será que o Vasco está fadado ao mesmo destino do Corinthians? Será que a tristeza vascaína se dará como farsa da tragédia corintiana? Ao que tudo indica sim, e se isso acontecer, será o Vasco capaz de dar a volta por cima como vem dando o Corinthians? Várias perguntas, e poucas certezas, a única para mim no momento é de que o tal barbudo alemão realmente manjava de futebol.

João Vidal

sábado, 4 de outubro de 2008

Rodada "sem vacilos" mantém a disputa acirrada

Na quinta-feira o Cruzeiro já havia vencido o Sport por 1 a 0, no Mineirão, e chegado à 49 pontos. Nesse sábado era a vez dos outros quatro candidatos ao título entrarem em campo. E todos fizeram a sua parte.
No Palestra Itália, Denílson e Marques(isso mesmo, o atacante atleticano) foram os principais responsáveis pela vitória do Palmeiras por 3 a 1 sobre o Atlético/MG e a manutenção da liderança pelo alviverde. A torcida que lotou o estádio tomou um susto aos 31 minutos do primeiro tempo, quando Renan Oliveira abriu o placar após passe de Marques e uma falha bizonha do zagueiro Maurício. Mas um lance ainda mais bizonho foi protagonizado pelo próprio Marques, cinco minutos depois: ele já tinha cartão amarelo e, infantilmente, cortou um passe com a mão no meio-campo e foi expulso. Com um jogador a mais, o Palmeiras conseguiu o empate com Leandro aos 43 e só não foi para o intervalo vencendo porque a cabeçada de Alex Mineiro acertou o travessão.
No segundo tempo, Vanderlei Luxemburgo botou o time no ataque com as entradas de Léo Lima e Evandro nos lugares de Pierre e Martinez. Mas a alteração que mudou o jogo mesmo foi a de Denílson no lugar de Elder Granja, aos 18 da etapa final. E na primeira vez que foi acionado, o camisa 19 realizou, sem exagero nenhum, a sua melhor jogada desde os tempos de São Paulo: recebeu a bola na ponta-esquerda, deu três entortadas no seu marcador, escapou da falta e fez um cruzamento perfeito, de trivela, no peito de Alex Mineiro. O centroavante dominou e, na caìda da bola, chutou no canto para fazer 2 a 1. Aos 33 minutos, Kléber chutou, o goleiro Juninho deu rebote e Denílson fechou o placar, coroando a sua melhor atuação com a camisa alviverde.
No Olímpico, o Grêmio mostrou que não está morto. O tricolor venceu o Botafogo por 2 a 1, também de virada. Renato Silva fez 1 a 0 com 30 minutos de jogo, mas o Grêmio empatou logo depois, com Douglas Costa, que só jogou devido aos desfalques de Tcheco, Souza e Orteman. Aos 18 da etapa final, o zagueiro Réver, um dos melhores em campo, garantiu a vitória gremista com um gol de cabeça.
Para dizer o que foi o jogo Ipatinga e São Paulo usarei a "manchete-padrão" desse campeonato: "Mesmo sem jogar bem, São Paulo vence e segue na briga". O tricolor encerrou um jejum de quase três meses sem vencer fora de casa. Jean abriu o placar aos 4 minutos de jogo, dando a impressão de que seria fácil. mas aos 15, o mesmo Jean cometeu pênalti ao colocar a mão na bola. Adeílson empatou para o Ipatinga. Aos 39, Rodrigo bateu falta de longe e contou com a colaboração do goleiro Fernando para fazer o segundo gol são-paulino. Jorge Wagner, de pênalti, fechou o placar aos 33 do segundo tempo.
Dentre os cinco primeiros colocados, o Flamengo era o que tinha o jogo mais difícil, contra o Náutico nos Aflitos. O rubro-negro venceu por 2 a 0, com gols de Marcelinho Paraíba e Leonardo Moura. O time carioca parece ser o mais fraco dessa briga pelo título, mas tem a vantagem de fazer sete dos dez jogos restantes no Rio(cinco como mandante e os clássicos contra Vasco e Botafogo). Com isso, o Fla tem boas chances de, ao menos, conseguir uma vaga na Libertadores.
A diferença entre Palmeiras, o líder, e São Paulo, o quinto colocado, segue sendo de apenas quatro pontos. E o fato do alviverde ser o único dos cinco a jogar fora de casa na próxima rodada, contra o Figueirense, pode embolar ainda mais a disputa. Mas é provável que os cinco voltem a vencer.

André Dayan

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O GÊNIO ESTÁ DE VOLTA

Aos 10 anos de idade não fazia muito tempo que começara a acompanhar o futebol, não tinha ainda nenhum grande ídolo, que, atuasse fora de meu time do coração, foi quando um garoto gaúcho atrevido deu um lençol no capitão da conquista do treta (atual técnico da seleção), quando fiquei sabendo o nome do jogador cheguei a duvidar que vingaria, afinal como um homônimo poderia vingar no futebol? Mas a sua ousadia era grande e continuava, e eu insistia em duvidar, após o gol de placa contra a Venezuela, fiquei em duvida, mas preferi acreditar q tinha sido sorte.
Quando saiu do país e foi para o PSG, sumiu da visão dos brasileiros e claro da minha também, naquela época não costumava assistir aos campeonatos europeus, muito embora até hoje não acompanho o monótono francês. Voltamos a vê-lo com toda sua ousadia na copa de 2002, pode ter passado desapercebido para a grande maioria que mantinha os olhos muito atentos ao Rivaldo e Ronaldo, mas não à mim (claro que não tenho a prepotência de afirmar que fui o único a reparar), foi a partir daquela Copa, que, virei fã de seu futebol.
Já no Barcelona o mundo se rendeu aos seus pés, sua habilidade, alegria aliando técnica a objetividade, fez com que vários o comparassem a Maradona, Zico e Pelé. Eu como não tive a oportunidade de ver nenhum desse jogando a não ser por vídeos antigos, me deliciava e extasiava-me de vê-lo jogar, cada drible e surpresas advindas de suas jogadas me deixava mais certo de que ele marcaria época. E de fato foi o que aconteceu, melhor do mundo duas vezes, campeão espanhol, da Champions league, da Copa do mundo entre outros títulos.
Muitos decretaram o fim da magia do gênio Ronaldinho Gaúcho, mas depois de um gol resultado de uma tabela fantástica com Kaká no clássico contra a Inter de Milão pela ultima rodado do italiano e uma assistência magistral para Shevchenko pela Copa da UEFA no meio de semana, encho os pulmões para dizer: O GÊNIO ESTÁ DE VOLTA, e dessa vez não duvidarei dele como o fiz no começo de sua carreira

João Vidal

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Cuca fora do lugar

Atualmente se discute muito se o treinador deve ter também a função de manager, ou seja, cuidar de tudo o que envolve o futebol do clube, dentro e fora de campo. Ao contrário do que pregam alguns "anti-luxemburguianos", isso é uma boa para o futebol brasileiro, claro, desde que obrigue os clubes a fazerem um projeto pelo menos de médio prazo. Porém, antes de pensar em participar da administração dos clubes, muitos técnicos precisam aprender a administrar a própria carreira. Um grande exemplo disso é Cuca, demitido do Fluminense nesta quinta-feira.
Em maio, quando foi eliminado pelo Corinthians nas semifinais da Copa do Brasil, Cuca encerrou um trabalho de dois anos no Botafogo(ignorando, claro, aquela "saída-relâmpago" do clube após a derrota pro River na Sul-Americana). Embora não tenha conquistado nenhum título pelo alvinegro, o técnico montou um bom time em 2007 e teve papel importante na reconstrução do clube carioca. Para Cuca, aquele era o momento de uma "retirada estratégica" do mercado, para voltar a trabalhar apenas no ano que vem. Ele com certeza seria um dos treinadores mais requisitados em janeiro. Mas não. Cuca não resistiu à oportunidade de embarcar na primeira barca furada que apareceu, no caso o Santos. Sua passagem pela baixada durou menos de dois meses e ele não conseguiu tirar o time do buraco.
Como diz o ditado:"errar é humano, mas persistir no erro é burrice". Pois bem. Menos de dez dias depois de sair do Santos, Cuca assumiu o Fluminense. E até começou bem, com duas vitórias. Mas uma seqüência de sete partidas sem vencer e a 19ª colocação no Campeonato Brasileiro acabaram por derrubá-lo mais uma vez.
Em entrevista coletiva nessa quinta-feira, Cuca assumiu o "erro estratégico" nas escolhas que fez esse ano: "Vou dar uma pausa na minha carreira até o fim desta temporada. Estava precisando disso desde a minha saída do Botafogo, mas resolvi aceitar o Santos por causa da amizade que tinha com o presidente Marcelo Teixeira", disse o técnico. Antes tarde do que nunca. Mas, sem dúvida, os dois últimos trabalhos arranharam o prestígio do treinador. De qualquer maneira, esses dois meses de descanso farão bem à Cuca. Isso, claro, se no meio do caminho não aparecer uma proposta para treinar Figueirense, Portuguesa, Ipatinga...

Em tempo: Para o lugar de Cuca a diretoria do Fluminense anunciou a contratação de Renê Simões. Ainda bem que o clube carioca tem um cardiologista como presidente e é patrocinado por um plano de saúde, porque só o torcedor que tiver coração forte vai agüentar essa reta final do campeonato.

André Dayan

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Amén Luxemburgo!

O técnico palmeirense Vanderlei Luxemburgo declarou ontem a noite que está preparado para assumir o cargo de Dunga na Seleção Brasileira. Para muitos foi uma declaração antiética, para outros algo normal, não que ele estivesse desmerecendo o Dunga nem que estivesse dizendo que é o melhor. Vamos aos fatos:
- Ele é o único técnico pentacampeão brasileiro.
- Ele é o único técnico a consagrar-se campeão da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro no mesmo ano.
- Ele levou o Bragantino à elite do futebol brasileiro vencendo a serie B e foi campeão paulista com o mesmo clube no ano seguinte.
-Ele comandou o fraco time do Santos à Copa Libertadores da America.
Teve uma passagem conturbada, sim, na seleção brasileira, sendo figura de alguns escândalos, como por exemplo, sua identidade falsa.
Mas convenhamos, alguém realmente acha que ele não é bom e não está preparado? Alguém realmente acredita que ele não seja infinitamente melhor que o Dunga? Alguma dúvida que ele seja um dos melhores técnicos do Brasil, sendo que, atuando no nosso futebol, seja de fato e de longe o melhor? Quero achar alguém que diga: “Luxemburgo não! Prefiro o Geninho!

Daniel V. Cot