quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Passaporte carimbado

No Campeonato Brasileiro de 1993, Palmeiras e São Paulo fizeram dois grandes jogos pelo quadrangular semifinal da competição. Bem, na verdade o primeiro não foi tão bom assim, mas eu lembro bem por ter sido o meu primeiro clássico no estádio. Era um domingo. Na hora do almoço eu já não agüentava de tanta ansiedade. Mas meu pai, apressado, dizia: "vamos logo que naquele estádio tudo é complicado: Longe, não tem onde parar o carro, é difícil pra comprar ingresso, entrar e tem um monte de lugar onde não dá pra ver o jogo!". Chegando lá, todas as dificuldades se confirmaram, mas, enfim, conseguimos entrar e ficar no anel inferior do Morumbi. Do alto dos meus quatro anos de idade, eu pensava: "pra que fazer um estádio desse tamanho que é tão ruim para ver o jogo?". Me dei conta de que a partida tinha começado quando vi todos de pé; olho para o campo e vejo Edílson, na cara do gol, chutar na saída de Zetti: Palmeiras 1 a 0. Eu fiquei surpreso, porque nem em jogos contra uns times que eu nunca tinha ouvido falar o Palmeiras tinha feito um gol tão rápido. Mas, menos de cinco minutos depois, o São Paulo empata, com Leonardo. As emoções pararam por aí. Ou melhor, ficaram guardadas para o segundo jogo.
Esse sim era decisivo: quem ganhasse iria para a final; se empatasse, bastaria ao Palmeiras vencer o Remo, em casa, na última rodada, para ficar com a vaga. Dessa vez o jogo foi num sábado, já que o São Paulo viajaria naquela noite para o Japão, para enfrentar o Milan, na final do Mundial. O primeiro tempo foi tenso e o principal lance foi um gol de Palhinha, corretamente anulado pelo juiz Dionísio Roberto Domingos. Aos 23 minutos da segunda etapa, a situação começou a se resolver: César Sampaio deu um passe açucarado e Edmundo chutou cruzado para abrir o placar para o Palmeiras. No fim do jogo o São Paulo, com um jogador a menos(Palhinha havia sido expulso), tentava pressionar. Até que César Sampaio roubou a bola de Leonardo ainda no campo de defesa, carregou até a entrada da área, deu um drible desconsertante em Luis Carlos Goiano, invadiu a área, passou por Zetti e chutou para marcar um golaço.
Fim de jogo: Palmeiras 2 a 0. O São Paulo foi para Tóquio com a cabeça inchada pela eliminação. Na final contra o Milan, venceu por 3 a 2 e se sagrou bicampeão do mundo. Mas Zetti deve sonhar até hoje com o César Sampaio.

André Dayan

5 comentários:

Anônimo disse...

mais um post parcial!

Anônimo disse...

parcial nada! eu apenas conto a história como ela aconteceu

Anônimo disse...

pq vc num conta uma ocasião desfavoravel!?!?! uma ocasião q o Palmerinha foi goleado!hauauha só conta histórias q porquinho ganhou! como isso é raro, daqui a pouco vão faltar histórias pra vc contar!

Anônimo disse...

pq o assunto é palmeiras e são paulo em campeonatos brasileiros, no qual o palmeiras leva ampla vantagem. e no post anterior eu falei de uma vitória tricolor(depois dela, alias, o são paulo só voltaria a vencer o confronto 27 anos depois). a culpa não é minha se depois o palmeiras foi campeão.

Rahal disse...

é sim!! acho q vc devia se preocupar com a facul ao inves de ficar escrevendo para o blog! ahuauhauhuahuaa nem marco a entrevista ainda, agnte grava na sexta c vc num sabe!