Brasileiros "surpreendem" na Libertadores

Esqueça todas as previsões que você ouviu de jornalistas sobre o desempenho dos times brasileiros na Libertadores! Estavam todas erradas!

Pelo menos essa é a mensagem que a primeira rodada da competição sul-americana passou até agora. Palmeiras, São Paulo, Sport e Cruzeiro, cada um de uma maneira, contrariaram totalmente as previsões feitas acerca de seus jogos de estreia. Isso porque quando se analisa futebol, e principalmente a Libertadores, muitas vezes se cai no senso comum e nas chamadas "frases feitas". Vamos ver caso a caso:

Palmeiras: O que diziam: "O time é bom mas é muito jovem. Os garotos vão sentir a pressão!". Pois na partida diante da LDU, em Quito, o time de Vanderlei Luxemburgo jogou de igual para igual os 90 minutos. Acabou perdendo por 3 a 2 porque justamente quem vacilou foram os experientes Marcos e Edmílson.

Sport: O que diziam: "Na Ilha do Retiro será forte. Mas, devido à falta de experiência internacional, vai ser 'saco-de-pancadas' fora de casa".
Na estreia contra o Colo-Colo, em Santiago, o time rubro-negro se impôs, venceu por 2 a 1 e jogando melhor. Agora, se confirmar a previsão e vencer os três jogos em casa irá se classificar.

São Paulo: O que diziam: "Time acostumado a competição, experiente. No Morumbi é vitória na certa."
O tricolor foi o time brasileiro que teve o pior resultado nessa primeira rodada. O Independiente de Medellin se mostrou um adversário fraco tecnicamente (raras vezes eu vi um time colombiano incapaz de trocar três passes), mas a equipe de Muricy Ramalho, como de costume, limitou-se a levantar bolas na área. Acabou empatando por 1 a 1 e graças a um gol salvador de Borges, já nos descontos. Agora, precisará vencer ao menos uma vez fora de casa para se classificar.

O último time brasileiro a jogar nessa semana foi o Cruzeiro, que enfrentaria o Estudiantes no Mineirão. Antes da partida, como de costume quando se enfrenta um argentino, muito se falou da catimba e da violência do adversário. Dentro de campo, os mineiros venceram por 3 a 0. O placar, é verdade, foi exagerado pelo o que foi o jogo. A vitória só foi construída no segundo tempo, depois da entrada do atacante Kléber, jogador brigador, raçudo, com "estilo argentino". Ele marcou dois gols, completando o placar que foi aberto por Fernandinho, cobrando um penâlti cavado por Wellington Paulista. Kléber, ao seu estilo, foi expulso logo após marcar o seu segundo gol, depois de falta violenta em Verón. Mas a vitória já estava garantida. O Cruzeiro foi o time que melhor representou o Brasil nessa primeira rodada da Libertadores. Além de um bom futebol, o time mostrou raça, catimbou quando preciso e também deu lá as suas pancadas. Porque, afinal, "é assim que se ganha uma Libertadores!". Olha outra frase feita aí. E o pior é que elas ficam na cabeça.