segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Felipão fora do Chelsea

Nesta segunda-feira foi anunciada a demissão do técnico Luiz Felipe Scolari do Chelsea. Em pouco mais de seis meses no comando do clube inglês, Felipão disputou 36 partidas, com 20 vitórias, 11 empates e 5 derrotas. O aproveitamento de pontos, de 65,7%, não é ruim, mas é pior do que o de seus antecessores, assim como o futebol da equipe, que não empolgou em nenhum momento da temporada. Outro fator que pesou contra Felipão foi o mau desempenho nos clássicos.

Mas, pelo histórico do treinador ao longo da carreira, pode-se dizer que a demissão foi precipitada. Isso porque os melhores trabalhos de Felipão costumam começar como o do Chelsea. No Grêmio, ele chegou no 2° semestre de 1993 e os primeiros seis meses foram ruins. O time só começou a fazer sucesso em 94, ganhando a Copa do Brasil. No Palmeiras, a situação foi parecida. Ele chegou em julho de 97, terminou em 7° lugar a fase de classificação, mas no mata-mata consegiu chegar até a final, perdendo para o Vasco. Em 21 de abril de 98, dia de Tiradentes, um certo jornal retratou Felipão com a corda no pescoço. Ele só virou unanimidade em São Paulo quase um ano após a sua chegada.

Curiosamente, o melhor início de trabalho de Felipão foi no Cruzeiro, na única vez em que terminou a primeira fase do Brasileirão na liderança. E, em pouco menos de um ano no clube mineiro, venceu apenas uma Copa Sul-Minas. De lá saiu para a seleção brasileira, onde o início também foi ruim, com derrota para o Uruguai na estreia e eliminação para Honduras na Copa América. Aliás, a partir de agora Felipão deve tomar o lugar de Vanderlei Luxemburgo como principal sombra de Dunga. Estamos há pouco mais de um ano da Copa do Mundo e, sinceramente, não dá para imaginar Dunga como técnico do Brasil em um Mundial. E Felipão afirmou que pretende continuar morando em Londres, pelo menos até junho. Ou seja, para treinar a seleção brasileira ele não precisará sequer sair de casa.

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