sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

E depois reclamam das piadas...

A demissão do técnico Estevam Soares da Portuguesa foi uma das coisas mais inexplicáveis já vistas no futebol. Não pelos resultados ou pela qualidade do treinador, mas pelo momento e pela forma como ela ocorreu.

Estevam foi contratado durante o segundo turno do Campeonato Brasileiro do ano passado, quando a situação da Lusa já era desesperadora. Não teve um bom aproveitamento e o time acabou rebaixado. Mas na maioria dos jogos, principalmente na reta final da competição, a história era sempre a mesma: A Portuguesa jogava melhor e não vencia. O maior exemplo disso foi na derrota diante do São Paulo, no Canindé, quando a equipe dominou o atual campeão nacional mas acabou perdendo por 3 a 2. Teve, também, o empate por 0 a 0 diante do Goiás, no jogo em que a Portuguesa talvez tenha estabelecido o recorde mundial de bolas na trave.

O time evoluiu nas mãos de Estevam. Porém, após o rebaixamento, até seria legítimo que a diretoria o demitisse. Mas, corretamente, preferiu mantê-lo no cargo. Além disso, a Lusa manteve os seus principais jogadores, como Edno, Athirson e Fellype Gabriel. A única saída importante foi a do atacante Jonas, reposta com as vindas do experiente Christian e de Fabrício Carvalho. Uma das maiores carências da equipe era um volante, por isso veio Ygor, do Fluminense, que pode não ser um grande jogador mas é melhor do que Erick e Rai. Enfim, tudo fazia crer que a diretoria estava fazendo um bom planejamento para a temporada. Até que, na estreia do Campeonato Paulista, a Portuguesa perde para o Guarani em Campinas, por 1 a 0, e Estevam Soares é demitido, às vésperas de um jogo contra o São Paulo.

Com isso, todo o trabalho da pré-temporada foi jogado no lixo. Para o lugar de Estevam foi contratado Mário Sérgio, que foi um dos responsáveis pelo rebaixamento do Figueirense no Brasileirão. Agora fica difícil imaginar a Portuguesa fazendo uma boa campanha no Paulistão e, principalmente, brigando para voltar à Série A do Campeonato Brasileiro. Depois dessa, o presidente da Portuguesa, Manoel da Lupa, e o restante da diretoria não poderão se queixar das famosas piadas sobre a inteligência dos portugueses.

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