Paulistão retrô

Nesse começo de 2009, como todo início de ano sem futebol no Brasil, vemos uma série de especulações sobre quem chega e quem sai dos principais clubes. São inúmeras contratações, mas é possível contar nos dedos(se bobear, nos de uma só mão) as que realmente podem ser chamadas de "reforços".

No futebol paulista, sem craques para exibir, as atenções ficaram voltadas para as contratações de jogadores que já eram dados como aposentados. O Mogi Mirim trouxe o meia Giovanni; No Guarani chegou Amoroso, que até já estava trabalhando como comentarista. Sem falar, é claro, de Ronaldo no Corinthians. Os dois primeiros times devem entrar no Campeonato Paulista apenas para fazer figuração, isso se não brigarem contra o rebaixamento. Nesses casos, Giovanni e Amoroso podem ser importantes pela experiência e qualidade técnica. Já o Corinthians precisa voltar a brigar pelo título, que não vem desde 2003. E Ronaldo chegou como se fosse o craque que vai levar o Timão de volta às conquistas. O problema é o torcedor acreditar nisso. Achar que Ronaldo ainda tem condições de ser o protagonista de um grande time é se iludir. É o mesmo que dizer que Lucio Flávio será o camisa 10 que o Santos tanto necessitava, ou que Maurício e Danilo vão resolver os problemas da frágil defesa do Palmeiras.

Analisando friamente, nenhuma equipe fez contratações que possam empolgar os torcedores. Um ou outro jogador até pode fazer sucesso. Mas a grande maioria, daqui um ano(ou até antes disso), vai estar desembarcando em algum outro clube prometendo ser a salvação da lavoura. Já os mais experientes poderão até se aposentar.

De qualquer maneira, a partir do próximo dia 21 poderemos ver esses jogadores em ação. A partida de abertura do Paulistão será entre o atual campeão Palmeiras e o Santo André, de Marcelinho Carioca, outro "craque-retrô". Pensando bem, esse até poderia ser um bom campeonato...se fosse disputado em 1995.