domingo, 25 de janeiro de 2009

A vez de Belluzzo

Nesta segunda-feira acontecem as eleições presidenciais no Palmeiras. Luiz Gonzaga Belluzzo (foto), pela situação, e Roberto Frizzo, pela oposição, disputam para ver quem será o presidente nos próximos dois anos. Mas os efeitos desse mandato, certamente, durarão bem mais. Pelo momento do clube, esse será um dos mandatos mais importantes da história. E a importância da eleição sugere a escolha de um nome igualmente importante. E esse é, com certeza, o do professor Belluzzo. Primeiro, porque o futuro do Palmeiras estará melhor em suas mãos. E, também, pelo seu passado, dentro e fora do clube. Um dos economistas mais conceituados do país, Belluzzo é, fora de campo, o homem mais importante dos últimos 30 anos para o time do Palestra Itália. Isso porque foi ele o maior responsável pela parceria com a Parmalat, em 1992, e, como diretor de planejamento a partir de 2007, ajudou na reconstrução do departamento de futebol do alviverde. Os novos patrocinadores, muito mais rentáveis do que os da época do "bom(?) e barato", os investidores e, principalmente, a parceria para a construção da Arena Palestra Itália devem-se a ele. Ou seja, todos os títulos do Palmeiras nos últimos 30 anos, indiretamente, tiveram o dedo de Belluzzo. E com ele a continuação desses projetos estará em melhores mãos.

O candidato da oposição, Roberto Frizzo, diretor administrativo do clube, é um bom sujeito, gosta de futebol e costuma frequentar o Parque Antártica (até já o encontrei na numerada em dois ou três jogos). Ruim é quem o apóia: o ex-presidente Mustafá Contursi e sua turma. Frizzo é independente de Mustafá, pelo menos mais do que era Affonso Della Monica em 2005, quando se elegeu e, logo depois, rompeu com o ex-mandatário. "Nos doze anos em que Mustafá foi presidente não participei da gestão dele sequer por quinze minutos", costuma dizer Frizzo, para mostrar que não é "O candidato de Mustafá". Mas mesmo que o oposicionista tenha um mandato independente, ele não tem o mesmo preparo de Belluzzo para assumir o cargo.

A escolha está nas mãos dos 285 conselheiros do clube. A disputa deverá ser mais acirrada do que se imaginava quando a situação definiu um candidato único. Não houve o temido "racha". Mas, também, não há toda essa união. Fala-se que alguns membros do grupo de Della Monica não votarão em Belluzzo. Outro problema é a falta do apoio de gente como Paulo Nobre. Por isso a vantagem do candidato da situação deverá ser pequena, cerca de 20 votos a mais. Gente da oposição diz que essa vantagem é de apenas cinco votos, talvez como forma de pressionar alguns conselheiros indecisos a votarem em Frizzo. Porque, infelizmente, sempre há gente mais preocupada com o aquecimento da água da piscina do que com uma administração profissional e com o futuro do clube. Mas Belluzzo merece vencer, pelo o que ele fez no passado, pelo o que ele faz no presente, e pelo o que ele certamente fará no futuro.

Imagem: Agência Estado

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