quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Lei do mínimo esforço

Mais preocupados com o Campeonato Brasileiro, os três times brasileiros que entraram em campo ontem pela Copa Sul-Americana procuraram se desgastar o menos possível em suas respectivas viagens.
O Palmeiras levou apenas 15 jogadores para Lima, dos quais apenas quatro titulares, para enfrentar o modesto Sport Ancash, do Peru. Em um jogo sofrível, com uma quantidade enorme de passes errados dos dois lados, a equipe do técnico Vanderlei Luxemburgo empatou por 0 a 0. Agora uma vitória simples na partida de volta no Palestra Itália classifica o campeão paulista para as quartas-de-final da competição.
O Atlético/PR foi ao México sem alguns titulares e sem o técnico Geninho e conseguiu um bom empate por 2 a 2 com 0 Chivas. Agora tem tudo para garantir a classificação em Curitiba, apesar da volta de Geninho.
Já o Botafogo não teve a mesma sorte. Ney Franco também escalou o chamado "mistão" e perdeu por 1 a 0 para o América de Cali, na Colômbia. Dos brasileiros é o que ficou em situação mais complicada.
Uma coisa que está na moda para esses times que disputam duas competições é adotar o discurso de que "não temos apenas 11 titulares", "o elenco é forte", ou a minha frase preferida: "a nossa prioridade são as duas competições" (logo não há prioridade né?). Apesar disso todos sabem que a prioridade mesmo é o Brasileirão, esteja o time disputando o título, uma vaga na Libertadores ou brigando contra o rebaixamento. Por isso todos pouparam forças para entrar 100% no fim de semana. Mas eu não me iludo: caso um desses três times tropeçe no domingo a tal "viagem no meio da semana" com certeza será usada como justificativa por técnico e jogadores.

André Dayan

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