domingo, 28 de setembro de 2008

Novo (e definitivo?) líder

A rodada deste domingo e a mudança de líder em um dia que os dois postulantes ao primeiro lugar não conseguiram vencer mostraram mais uma vez o equilíbrio do Campeonato Brasileiro.
Primeiro, as 4 da tarde, o Palmeiras enfrentou o Náutico e o péssimo gramado dos Aflitos. O jogo foi truncado com os dois times tendo chances de vencer. Mas acabou ficando 0 a 0. Martinez teve duas vezes a bola do jogo em seus pés. Na primeira, no começo do primeiro tempo, perdeu um gol na cara do goleiro Eduardo. Na outra, no último lance da partida, o volante teve uma falta na entrada da área mas chutou na barreira a chance de dar ao Verdão a terceira vitória seguida na competição.
Já as 18:10 tinha o Gre-Nal no Beira-Rio. E o time do Inter, finalmente, saiu do papel e mostrou o futebol que dele se esperava. Resultado: vitória do Colorado por 4 a 1, com ótima atuação de D'Alessandro. O argentino marcou um belo gol e fez dois cruzamentos perfeitos para Índio e Nilmar marcarem de cabeça. O Grêmio completou a quarta partida seguida sem vencer e deixou a ponta da tabela após 13 rodadas.
Na história dos Campeonatos Brasileiros por pontos corridos o Palmeiras é o time que mais tarde assume a liderança pela primeira vez (obs: em 2004 o Atlético/PR assumiu a liderança na 33ª rodada, mas naquele ano haviam 46 jogos,ou seja, mais 13 por disputar). Essa é mais uma prova de que estamos diante do campeonato mais equilibrado desde que foi adotado esse sistema de disputa.
Uma coisa que torna ainda mais imprevisível a briga pela taça é a semelhança na tabela de Palmeiras e Grêmio. Dos 11 jogos restantes ambos farão seis em casa e cinco fora e terão seis adversários em comum: Botafogo, Santos, Figueirense, Vitória, Ipatinga e Atlético/MG, além, claro, do confronto direto entre os dois, dia 9 de novembro no Palestra Itália.
Mas existem três fatores que podem fazer o Palmeiras levar vantagem nessa briga. O primeiro é o fato de jogar em casa o tal confronto direto contra os gaúchos. O segundo é ter mais vitórias no campeonato e, conseqüentemente, a possibilidade de ser campeão com um possível empate em pontos. Já o terceiro trunfo alviverde tem nome e sobrenome: Vanderlei Luxemburgo. Apesar das oscilações de sua equipe tudo está correndo da forma como ele planejou. Desde o começo do campeonato, quando perguntavam se o Palmeiras iria chegar à liderança, o treinador falava da importância de "se manter no bolo" e não perder o líder de vista para, no momento crucial, chegar à ponta da tabela. E é o que está acontecendo.
Em uma disputa tão equilibrada como essa, quando eu olho para os bancos de Palmeiras e Grêmio e vejo de um lado Celso Roth e do outro Vanderlei Luxemburgo, tenho a sensação de que a taça está mais próxima do Parque Antártica.

André Dayan

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