sábado, 4 de abril de 2009

Vale a pena mudar?

Os boatos de um possível desgaste entre o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez e o técnico Mano Menezes por causa da demissão do gerente de futebol Antônio Carlos ganharam força nos últimos dias. O diário "Lance!" e o "Jornal da tarde" deram, nessa sexta-feira, a notícia de que Andrés teria convidado Vanderlei Luxemburgo para ser o próximo técnico do clube do Parque São Jorge. A mudança, a princípio, só ocorreria no ano que vem. Mas pode acontecer antes, dependendo dos resultados de Palmeiras e Corinthians no mês de abril. Caso o Palmeiras não conquiste o título paulista e seja eliminado na primeira fase da Libertadores existe a possibilidade da demissão de Luxemburgo. E se, somado a isso, estiver a eliminação corintiana no estadual, ele poderia desembarcar no Parque São Jorge no início de maio.

A verdade é que demitir Mano Menezes após o Paulistão seria uma demonstração total de amadorismo por parte de Andrés Sanchez, que muitas vezes é criticado por ser "torcedor demais". Já o presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, é exatamente o oposto, sinônimo de profissionalismo. O seu único pecado é confiar demais em Vanderlei Luxemburgo, talvez por ter na lembrança aquele treinador que ele ajudou a trazer ao Parque Antártica em 1993. O problema é que, 16 anos depois, Luxemburgo não é nem sombra daquele treinador.

Os dois técnicos estão a pouco mais de um ano no cargo. Nesse período, é inegável que Mano Menezes faz um trabalho melhor. Tirou leite de pedra ao levar o time, ainda em formação, até a final da Copa do Brasil de 2008. Depois, venceu a Série B com o pé nas costas e montou uma base para 2009. Na atual temporada, o grande objetivo do Corinthians é se classificar para a Libertadores, seja vencendo a Copa do Brasil, seja ficando entre os quatro primeiros do Campeonato Brasileiro. Objetivo possível, caso mantenha o atual treinador.

Já no Palmeiras, a análise do trabalho de Vanderlei Luxemburgo é que ele podia estar fazendo mais com o que tem nas mãos. Em 2008 venceu o Campeonato Paulista mas não soube montar a tão prometida base para 2009 e, no começo do ano, se viu obrigado a reformular a equipe. A sensação é que, com metade do que se gasta com ele, daria para trazer um treinador capaz de fazer um trabalho melhor. Mas, por falta de grandes opões no mercado, um novo técnico no meio da temporada seria uma incógnita no Palmeiras. Já no Corinthians, mudar agora seria andar vários passos para trás.

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